domingo, 5 de setembro de 2010

Cliff Burton: um hippie headbanger

"When a man lies he murders some part of the world
These are the pale deaths which men miscall their lives
All this I cannot bear to witness any longer
Cannot the Kingdom of Salvation take me".
(To Live Is To Die)

Clifford Lee Burton nasceu em Castro Valley, São Francisco, Califórnia, no dia 10 de fevereiro de 1962. Seus pais, Jan e Ray, eram dois hippies típicos da época, e deles herdou seus ideais, imagem e atitude. Com eles, Cliff tinha uma liberdade não muito comum, tanto que podia fumar maconha no seu próprio quarto.

Durante a adolescência, trabalhou numa loja de aluguel de equipamentos para jardinagem, enquanto começava a tomar gosto por música. Como já ganhava sua própria grana, teve condições de adquirir instrumentos e estudar um pouco de teoria musical.

No final da década de 70 começou a tocar profissionalmente, tendo passado pelo "Easy Street", "Agents Of Misfortune" e "Trauma", bandas locais de pouca expressividade. Em agosto de 1982, por ocasião de uma apresentação de sua última banda no "Whiskey-A-Go-Go", clube de Los Angeles, conhece James Hetfield e Lars Ulrich, que se impressionam com sua técnica e seu estilo de tocar, e aproveitando o fato de estarem descontentes com o então baixista da banda, Ron McGovney, convidam-no a se juntar a eles no Metallica. Foram necessários longos três meses para que Cliff finalmente aceitasse a proposta, com a condição que a banda fixasse residência em San Francisco, pois não pretendia se mudar para Los Angeles, no que foi prontamente atendido. E em 5 de março de 1983 registram a primeira fita demo com quatro faixas, chamada "No Life 'Till Leather". Era o início da trajetória da banda rumo ao estrelato.

Estamos em 27 de setembro de 1986, aproximadamente seis e quinze da manhã. Neste meio tempo, o Metallica lançou três álbuns, hoje considerados clássicos de uma era, trocou Dave Mustaine por Kirk Hammet e saiu do underground. A banda estava em excursão pela Europa, na turnê do "Master Of Puppets", e após se apresentarem em Estocolmo, enquanto seguiam rumo a Copenhagen, Dinamarca, próximo a uma cidade chamada Ljungby (ainda na Suécia), ao que tudo indica, o ônibus no qual viajavam derrapou na pista gelada, e Burton foi jogado pela janela e acabou morrendo esmagado pelo veículo, que tombou em cima dele. Ironicamente, quem deveria estar em seu lugar era Hammet, que perdera uma disputa no baralho poucas horas antes, e com isto Cliff havia trocado de lugar com ele no beliche.

Inicialmente a decisão dos membros remanescentes era encerrar atividades. Porém, chegam a conclusão que a última coisa que Cliff gostaria é que parassem naquele momento, pois numa de suas raras entrevistas declarou: "Quando comecei a tocar, decidi entregar minha vida a isto, e não me desviar por qualquer outra coisa que a vida pudesse me oferecer.". Começa então uma nova fase da vida do Metallica. Sem seu representante mais excêntrico, a banda perde o posto de símbolo do Thrash Metal. Mas seu legado havia sido consolidado, em parte graças à valorosa ajuda de Cliff.
Fonte: whiplash

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